29 abr “O Brasil tem um dos melhores programas de HIV/aids do mundo”, diz Drauzio Varella
Para médico a política brasileira de distribuição gratuita de medicamentos revolucionou a resposta global e ajudou a conter a epidemia
“Temos um dos melhores programas de HIV/aids do mundo – um programa que revolucionou o tratamento e reduziu a velocidade de disseminação da epidemia mundial ao adotar, em 1996, uma política de distribuição gratuita de medicamentos”, disse na última quinta-feira (12) o médico e escritor Drauzio Varella, durante o 2º Seminário de Promoção Social Saúde Preventiva do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em Brasília. Segundo Varella, “se não tivesse adotado essa política, hoje, ao invés de 860 mil, o Brasil teria 18 milhões de brasileiros com HIV – mais ou menos a mesma prevalência da África do Sul”. Segundo ele, no país africano, que não adotou a mesma política de tratamento gratuito para pessoas vivendo com HIV, cerca de 10% da população adulta vive com o vírus. A palestra foi promovida pelo Senar – entidade ligada à Confederação Nacional da Agricultura – com apoio do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde.
Drauzio Varella – cujo canal no Youtube conta com mais de 800 mil seguidores – também destacou outras políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) que considera de excelência, como o Programa Nacional de Imunizações; o Sistema Nacional de Transplantes; a Estratégia Saúde da Família; e o Sistema de Atendimento Móvel de Urgência. “A criação do SUS foi a maior revolução da história da medicina brasileira; nenhum país no mundo com mais de 200 milhões de habitantes ousou dizer que a saúde é um direito de todos”, reiterou.
Após o evento, Drauzio Varella concedeu entrevista exclusiva ao aids.gov.br, destacando o sucesso da política nacional de atenção e tratamento ao HIV, que atualmente oferece tratamento antirretroviral gratuito a mais de meio milhão de brasileiros que vivem com HIV. O médico falou também dos desafios a serem superados na área de prevenção, principalmente entre a população jovem: “É preciso falar sobre sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis nas escolas”.
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